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quarta-feira, 7 de abril de 2010

TEXT0 63 - HISTÓRICO: SEÇÃO DE XADREZ DO JACAREPAGUÁ TÊNIS CLUBE.

O xadrez do Jacarepaguá Tênis Clube nasceu na década de 1940 por iniciativa do sócio proprietário Felício Anchite. Em março de 1946, o presidente do JTC Agostinho Alves da Costa convidou o associado Felício Anchite para dirigir o Departamento de Jogos de Salão do JTC. Anchite nesse ano estava com 35 anos de idade e era militar da Aeronáutica, servindo no Campo dos Afonsos. Era também orientador técnico de xadrez do Conjunto Santos Dumont da Escola de Aeronáutica. Logo que assumiu o cargo de diretor de Jogos de Salão do JTC, Anchite introduziu o xadrez em seu departamento, que teve apoio da diretoria e muitos associados do clube. Com Anchite na direção do xadrez do JTC, diversos militares da Aeronáutica entraram de sócios do clube, destacando-se o forte jogador João de Almeida Pinheiro (1921-1986). Anchite nunca realizou um campeonato oficial do JTC, embora sua programação de xadrez fosse intensa. Seu calendário enxadrístico contava com muitos matches amistosos com os clubes coirmãos, simultâneas e a participação do xadrez nas olimpíadas internas de bandeiras do JTC.

Dois fortes enxadristas do então Distrito Federal (Rio de Janeiro) vieram também jogar pelo JTC: Heitor Moutinho Ribas (1917-1989) e Nílton Francisco Cortes (falecido em 1996). Heitor Ribas chegou ao clube ostentando o título de campeão de 1945 do antigo Estado do Rio de Janeiro (atual interior do novo Estado). Ainda jogava pelo JTC, quando participou da Fase Final do Campeonato Brasileiro de 1947, em Porto Alegre (RS), vencido por Márcio Elísio de Freitas. Nílton Cortes foi destacado jogador do Rio e presidente do extinto Clube de Xadrez Cruz Vermelha na década de 1960. Outro destaque do xadrez do JTC da época foi Jorge João Lemos (1931-1998). Ele fez sua estréia oficial pelo Jacarepaguá Tênis Clube aos 16 anos de idade no match (dia 13/5/1947) contra o Clube Sul-América de Seguros, na sede do JTC. O Jacarepaguá venceu por 4 a 1, com vitórias de Jorge Lemos, João Almeida Pinheiro, Lauro de Carvalho e Darith Stockler. Jorge Lemos foi o segundo enxadrista do JTC a participar da Fase Final Brasileiro, pois disputou o campeonato de 1951, em Fortaleza, vencido por Eugênio German. Em 1953, Felício Anchite foi morar em Copacabana e passou a freqüentar muito pouco o Jacarepaguá Tênis Clube até o seu afastamento total do clube. Com a saída de Anchite, o xadrez do JTC também desapareceu temporariamente.

Em maio de 1957, um grupo de enxadristas da região Praça Seca (Tibúrcio Bezerra dos Santos, Laucof Migon, Tuy Marques de Queiroz, Ulysses Viana Rocha, Wilson "Alfaiate", Bartolomeu Aquino dos Santos, Walter Gonçalves, Miguel Archanjo de Oliveira e Ítalo Costa) se reuniu na residência do Wilson "Alfaiate" na Rua Dr. Bernardino (Praça Seca), com a finalidade de realizar um torneio de xadrez. Foi eleito Tibúrcio Bezerra para o cargo de diretor do grupo. O torneio foi realizado na casa do Wilson, com a vitória de Laucof Migon. Outro evento foi programado. Para essa competição o Laucof teve a idéia de fazer contato com o Jacarepaguá Tênis Clube, a fim de realizar o torneio na sede do clube. Laucof era sócio do JTC e já tinha jogado xadrez na época do Anchite. Assim, não teve dificuldades em conseguir o objetivo com o presidente do JTC Nélson Antunes, principalmente pelo fato do tesoureiro do clube Júlio Newton de Carvalho (falecido em 1974) ser enxadrista e também participante dos matches amistosos do xadrez na década de 1940. O diretor do JTC José de Souza Baeta (1903-1974), amigo do Laucof no Banco do Brasil, também ajudou muito. O torneio começou na sede do JTC, com Tibúrcio Bezerra sendo nomeado diretor de xadrez do clube. A competição não foi bem organizada. Não existia derrota por não comparecimento, pois não havia também tabela de emparceiramento. O enxadrista jogava quando quisesse e preferia ficar disputando partidas relâmpago, enquanto também apreciava alguma do torneio que eventualmente acontecia. Em outubro de 1957, o torneio tinha poucas partidas realizadas. Nesse mês, o associado Waldemar Costa procurou o Laucof Migon. Waldemar Costa foi garoto na Praça Seca e tinha boa convivência com Laucof e Tuy, apesar deles serem mais velhos dez anos do que ele. Waldemar conversou com o Laucof e disse que queria organizar um torneio de jovens com seus amigos, o que foi atendido pelo Laucof e aprovado pelo diretor Tibúrcio Bezerra. O torneio de jovens contou com sete jogadores e foi ganho por Waldemar Costa, que ninguém conhecia por esse nome e sim pelo apelido familiar de Vadinho. A competição foi toda dirigida por Vadinho e tinha tabela pelo sistema schuring. Começou e terminou em outubro de 1957. Enquanto isso, o torneio dos adultos continuava lento e bastante tumultuado com muitas discussões. O grupo de enxadristas anulou o evento e destituiu o Tibúrcio do cargo de diretor de xadrez. Para seu lugar, foi eleito Tuy Marques de Queiroz.

Tuy Marques era o diretor de xadrez do JTC, mas quem organizava tudo e entrava em contato com a diretoria do clube era o Laucof Migon. O Laucof foi quem organizou o primeiro campeonato oficial do JTC, que começou em 1958. A competição foi idêntica à anterior anulada, pois não existia tabela de emparceiramento. O enxadrista também jogava quando quisesse. Assim, o campeonato se arrastou por todo o ano de 1958 e terminou em meados de 1959. O campeão foi Lucindo Correia (1925-1979). Lucindo jogava no Torre do Amorim de Madureira e foi convidado por Laucof para se juntar ao grupo do JTC. O Torre do Amorim (a torre do xadrez mais o nome do dono do bar, onde eram as reuniões) foi memorável local de encontro de enxadristas da Zona Suburbana do Rio de Janeiro na década de 1950 e início da de 1960. Muitos enxadristas do JTC freqüentaram o lugar. Os responsáveis pelo Torre foram os enxadristas Marcos Blum, Miguel Lan e Antônio Madeira de Ley. A sede ficava em um tipo de mezanino com vista para a sinuca do Café Bar Bilhares Amorim (bar famoso de Madureira, que já existia na década de 1920). O bar do Amorim era na Avenida Ministro Edgard Romero, número 15. Por ser estabelecimento muito antigo, o endereço do bar alcançou os três nomes do logradouro: a) Rua Domingos Lopes (até 1930 não existia a ponte de pedestres. Havia uma cancela na linha do trem e a Rua Domingos Lopes começava como hoje no Largo do Campinho, mas ,após a linha férrea, prosseguia até a estação do Magno), b) Estrada Marechal Rangel (1930 até 1958, um prolongamento do trecho antigo da Estrada Marechal Rangel), c) Avenida Ministro Edgard Romero (nome dado ao logradouro em 19/12/1958). Na época do xadrez do Bar do Amorim, a romântica Madureira era chamada de cinelândia suburbana, por possuir muitos cinemas. Ao lado do Bar do Amorim, existiu o Cine Alfa de 1929 a 1972, quando foi demolido. Mais adiante na mesma rua, o Cine Coliseu (1938 até 1972, quando também foi demolido). Do outro lado da linha do trem, na Rua João Vicente, o Cine Madureira (inaugurado em 1910 e encerrado nos anos de 1970) e o Cine Beija Flor (1915 a 1986). Atualmente (2007), na mesma calçada da Avenida Ministro Edgard Romero, logo após a Rua Carolina Machado, está tudo diferente, pois o comércio cresceu para enormes lojas de departamentos. Vejamos: nº 15 - Loja Mil e Uma Utilidades (era o Bar do Amorim), nº 19 - Loja Big Lar (era o Cine Alfa), depois vem a Escola Municipal Edgard Romero (era a Escola Normal Carmela Dutra, que, no final da década de 1950, foi para um lugar maior na mesma rua, número 491), e nº 37 - Casa Bahia (era o Cine Coliseu).

O Campeonato Oficial do JTC de 1960 foi melhor organizado do que o de 1959, sendo realizado de 3 a 31 de março de 1960, com a tabela cumprida inteiramente em toda a competição. O clube se encontrava em obras na administração do Presidente Victor Dias Ribeiro, para a construção da nova sede social. O xadrez e a secretária estavam instalados provisoriamente em uma casa de frente para a Rua Cândido Benício, comprada na gestão anterior do Presidente Nélson Antunes (essa casa ficava onde hoje é o terreno alugado pelo clube à Agência de Automóveis Ilha Bela, que o usa como pátio de estacionamento de carros à venda). Três nomes importantes da história do xadrez do JTC fizeram estréia em competições oficiais no Campeonato de 1960: Euder Souza Lima (que foi o campeão do torneio), Antônio Souza Lima e Waldemar Costa (o torneio de jovens de 1957 não foi oficial, mas na verdade uma brincadeira de jovens amigos enxadristas). Em 1961, faleceu Marcos Blum do Torre do Amorim. O Laucof Migon resolveu promover um torneio no mês de aniversário do JTC em homenagem ao Marcos Blum, convidando os enxadristas da agremiação de Madureira a participar do evento. O Torneio Marcos Blum de 1961 contou com a participação de 36 enxadristas e o campeão foi Heitor Moutinho Ribas. Ainda em 1961, o JTC participou do Torneio Interclubes pela primeira vez em sua história. A equipe foi a seguinte: Lucindo Correia, Tuy Marques de Queiroz, Laucof Migon e Waldemar Costa. Em maio de 1963, houve eleições no Departamento de Xadrez do JTC. Em voto secreto, Waldemar Costa venceu Tuy Marques de Queiroz por dez a um. Nesse seu primeiro período na direção do xadrez, Waldemar Costa (Vadinho) ficou no cargo de 1963 a 1972.

Logo que assumiu, Waldemar Costa procurou Sebastião de Oliveira (diretor de patrimônio da gestão do Presidente Victor Dias Ribeiro) e conseguiu para o xadrez a sala do segundo andar do prédio anexo à piscina do clube. Sebastião de Oliveira Silveira foi grande trabalhador do Jacarepaguá Tênis Clube. Foi o principal responsável pelo período das grandes construções: sede nova, piscina e sauna. Quando Vadinho pediu a sala, todo o complexo da piscina estava pronto, mas ainda não havia sido inaugurado e usado. Sebastião estava em final de mandato. Havia perdido as eleições no clube naquele mesmo mês. Olhou para o Vadinho e para o alto onde ficava a sala pretendida:

- Vocês do xadrez votaram contra mim. Vou dar a sala ao xadrez, para nas próximas eleições vencer!!

De fato, o Tião venceria as eleições, pois foi presidente do JTC de 1969 a 1971. Realmente, o xadrez participou das eleições pela oposição para eleger a Chapa Renovadora, encabeçada por maioria de jovens associados com a finalidade de eleger Artur Soares para presidente do clube. Em 7/7/1963, foi inaugurada a nova sala de xadrez, ainda na gestão de Victor Dias Ribeiro (o presidente eleito Artur Soares tomaria posse no dia 14/7/1963). Grande festa marcou a inauguração,com as presenças do então presidente da Federação Metropolitana de Xadrez (FMX) Olício Gadia; e do redator da coluna de xadrez do "Correio da Manhã" Tancredo Madeira de Ley. A nova dependência do xadrez do JTC foi considerada pelos jornais "O Globo" e "Correio da Manhã" como a mais confortável do Rio de Janeiro. Iniciava a grande era do xadrez do Jacarepaguá Tênis Clube. A sala do xadrez contava com treze mesas de xadrez com gavetas para guardar as peças e mais cerca de 50 tabuleiros avulsos de papelão. A sala funcionou do segundo semestre de 1963 ao final do ano de 1966, quase diariamente (de terça-feira a domingo) com funcionário que sabia jogar xadrez subordinado diretamente ao diretor Waldemar Costa. Estava sempre cheia e dezenas de crianças aprenderam a jogar xadrez. Nesse período, aconteceram muitas simultâneas, amistosos com clubes, torneios e participação nas provas da FMX. O trabalho alcançou sucesso rapidamente. Em 1964, a equipe infantil do JTC (Carlos Jamil, Wairy Dias Cardoso, Iremar Carneiro da Silva e José Fernando Sá), chefiada por Carlos Gonçalves do Sete de Setembro Futebol Clube, conquistou o Torneio de Xadrez dos Jogos Infantis do Jornal dos Sports. Também em 1964, Orlando Alcântara Soares (campeão juvenil do JTC de 1964) foi vice-campeão juvenil do Estado da Guanabara. O campeão foi Antônio Carlos Giudicelli do Clube de Xadrez Cruz Vermelha (o detalhe é que Orlando Soares antes havia sido campeão da Zona Norte, com Giudicelli em segundo). Em 1965, foi a vez de Carlos Jamil (campeão juvenil do JTC de 1965) ser vice-campeão da Guanabara (o campeão foi Paulo César Kullock do Botafogo). Os torneios internos aconteciam com grande número de participantes. Em 1966, o Campeonato Oficial do JTC (campeão: Heitor Ribas) contou com o número recorde de 58 participantes! Antes, somente na Prova Marcos Blum (Torneio Aniversário do JTC) havia muitos participantes: 1961 (campeão: Heitor Ribas) - 36 participantes, 1962 (campeão: Almeida Pinheiro) - 38 participantes, 1963 (campeão: Almeida Pinheiro) - 40 participantes, 1964 (campeão: Waldemar Costa) - 46 participantes. Ainda na década de 1960, aconteceram sessões de partidas simultâneas conduzidas pelo MI da Argentina Samuel Schweber, os campeões brasileiros J. T. Mangini, Antônio Rocha e Hélder Câmara (este também estabeleceu no JTC o recorde brasileiro de simultâneas às cegas, jogando com fortes enxadristas da segunda turma do clube). O vice-campeão brasileiro Sílvio Mendes também realizou muitas simultâneas no JTC. É bom lembrar que, com exceção do Schweber, nenhum simultanista cobrou pelos eventos. Todos eram amigos dos enxadristas do clube.

A partir de 1970, Waldemar Costa passou a não ter muito tempo para se dedicar ao xadrez do JTC. Trabalhando no Jornal dos Sports na cobertura de bastidores da Copa do Mundo de futebol de 1970 (México), somente podia ir ao clube dirigir e participar do Campeonato Oficial de 1970, do qual foi campeão. Em 1972, deixou a direção do xadrez do clube, porque começou a trabalhar também à noite no Jornal dos Sports. No jornal, além de futebol, também escrevia sobre xadrez. A sala continuou com suas mesas de xadrez, mas não tinha ninguém para abri-la. Aí surgiu o Jorge Machado, filho do veterano enxadrista Aristides Machado. O Jorge dirigiu o xadrez do JTC, mas por pouco tempo. Inexperiente no xadrez e sem apoio da diretoria, acabou largando a direção. Em 1974, a diretoria retirou todo o material da sala, a fim de ocupá-la com outra atividade. O barracão, onde se encontrava todas as mesas, documentação e planilhas com lances anotados de partidas , pegou fogo. Um incêndio que destruiu a memória documentada da seção de xadrez do JTC, que tinha sido considerada pela imprensa como a melhor do Rio de Janeiro. Em 1978, o Carlos Gonçalves (diretor de esportes do JTC na gestão do Presidente Carlos Alberto Miranda) convidou o antigo enxadrista do clube Jorge Lemos para formar e dirigir uma equipe do clube para o Torneio de Xadrez dos Jogos Infantis do Jornal dos Sports. O JTC foi campeão no masculino e feminino. A formação das equipes campeãs: equipe masculina - Jonas de Moraes, Luiz Augusto dos Santos Madureira e Roberto Inácio dos Santos Lima; equipe feminina - Lucimeire Bravo Ferreira e Zaquia Simone Lemos (filha do Jorge Lemos). O diretor de esportes Carlos Gonçalves é o mesmo que chefiou a equipe infantil campeã também dos Jogos Infantis do JS em 1964. O Jorge Lemos pretendia dirigir o xadrez do JTC (a notícia foi publicada na coluna de xadrez do Jornal dos Sports e na revista Caissa, ambas redigidas por Waldemar Costa), mas não levou adiante a sua intenção, apesar de ter todo o apoio do Carlinhos (Carlos Gonçalves).

Em 1981, Gilberto Campos de Souza (1933-1995) assumiu a presidência do Jacarepaguá Tênis Clube. Ywalcyr Cerqueira Corrêa era seu diretor de patrimônio. Os dois foram amigos de infância de Waldemar Costa (Vadinho) no clube e na Praça Seca. Eles convenceram Vadinho a assumir novamente a Seção de Xadrez do clube, garantindo a excelente sala de outrora. Vadinho, que já não trabalhava mais à noite no Jornal dos Sports, pois escrevia duas colunas, uma sobre xadrez e a outra de Loteria Esportiva (uma página inteira nas segundas-feiras e outras pequenas no resto da semana). Todo material tinha que ser entregue bem cedo, a fim de adiantar o trabalho da gráfica do jornal. Assim, Waldemar Costa dispunha de tempo para se dedicar outra vez ao xadrez do JTC. Logo que recebeu a chave da sala do Ywalcyr no ano de 1981, Waldemar Costa convidou o Carlos Jamil para ajudá-lo. O Ywalcyr entregou ao Vadinho quatro relógios de xadrez e três jogos de peças, que não foram destruídos no incêndio. Faltava muita coisa para chegar ao menos bem perto ao que foi o xadrez na década de 1960. Em primeiro lugar, foi organizado o Campeonato Oficial do JTC 1981, após nove anos sem ser disputado. O campeonato foi no período de 15 de agosto 1981 a 23 de outubro 1981. Entre os doze participantes, cinco eram remanescentes da década de 1960 (Waldemar Costa, Antônio Souza Lima, Carlos Jamil, Laucof Migon e Wairy Dias Cardoso). O campeão foi Waldemar Costa.

O xadrez começou a crescer com a chegada de novos enxadristas, como Manuel da Silva Jonis (1938-2001), Gérson Alves Corrêa, Naerson Brandão Corrêa, Jaílton Silva, Fábio Lopes Novais e outros. Três enxadristas que foram presidentes das federações do Rio de Janeiro também participaram do xadrez do Jacarepaguá Tênis Clube a partir da década de 1980: Hilwan Wanderley Cantanhede (presidente da Federação Metropolitana de Xadrez , a FMX, na época do Estado da Guanabara), Friedrich Salamon (presidente da FMX e da FEXERJ) e Eduardo Arruda (presidente da FEXERJ). O Eduardo Arruda organizou alguns torneios no JTC antes de assumir a presidência da FEXERJ. Arruda também foi campeão do Torneio Popular da FEXERJ em 1985 e campeão carioca individual em 1990, ambos pelo Jacarepaguá Tênis Clube. Na década de 1980, o xadrez do JTC conviveu também com o jovem José Carlos Migon (1952-1993), filho do Laucof Migon, cuja morte prematura nos privou das suas excelentes partidas e da sua nobre amizade.

No segundo semestre de 1983, com a saída do Presidente Gilberto Campos, o xadrez começou a ter problemas de relacionamento com as diretorias seguintes. Foi uma época tumultuada do JTC, com alguns presidentes renunciado, após poucos meses nos cargos (foi o caso do Presidente Edgard Nílton Lopes Filho, antigo enxadrista do clube, que disputou o Torneio de Jovens de 1957). O xadrez acabou perdendo a excelente sala do anexo da piscina para o professor de ginástica. Os torneios e as reuniões passaram a ser no corredor junto ao consultório médico. Logo depois, a seção de xadrez foi para pequena e desconfortável sala do prédio em frente às quadras de tênis ( hoje é a quadra de futebol-soçaite). O prédio era antigo, construído na década de 1950 (apesar do local ser ruim, era melhor ficar ali do que jogar em corredor). Em 1987 (gestão do Presidente Hilário Maia), o xadrez saiu do local, por causa de uma grande reforma no prédio (na mesma estrutura foram construídos os banheiros e um segundo andar que não existia). O xadrez foi para uma sala pequena do ginásio de esportes. Quando ficou pronta a obra do prédio, as salas foram distribuídas para outras atividades do clube. O xadrez continuou na sala do ginásio, não adequada para a seção. Em 1990, foi para o segundo andar do prédio em frente ao tênis, na gestão do Presidente Antônio Abud Elias. O segundo andar na época tinha paredes divisórias, formando três salas contíguas. O presidente seguinte (Carlos Alberto Dultra) resolveu fazer obras no local, para retirar as paredes divisórias, a fim de criar enorme sala para funcionar a academia de musculação do clube. O xadrez foi novamente para o ginásio, ocupar uma saleta, que ficava em frente à quadra, com barulho estrondoso em dias de jogos. Na primeira administração do Presidente Konstantino Mihail (falecido em 2002), o clube melhorou muito. Mihail nasceu na Romênia e era radicado no Brasil. Dava todo o apoio ao xadrez e dizia para todo mundo que admirava o trabalho de Waldemar Costa. Logo no início da sua gestão o xadrez voltou para o primeiro andar do prédio em frente à quadra de futebol (ocupou duas salas separadas por uma parede). Melhorou muito, mas ainda não era o lugar ideal. Porém, Mihail entregou para o xadrez a grande sala do segundo andar. A seção de xadrez do JTC se instalou e inaugurou a nova dependência no dia 12/9/1996.

O Campeonato Interclubes (Classe B) de 1993 foi realizado no Jacarepaguá Tênis Clube, com arbitragem de Jorge Moraes. A equipe do JTC (Antônio Souza Lima, Waldemar Costa, Gérson Alves Corrêa e Carlos Jamil) tinha o maior rating, sendo considerada a favorita para o título. Porém, a Associação Leopoldinense de Xadrez (ALEX) foi a campeã. Em 1995, fora de casa, o JTC conquistou o título do Interclubes (Classe B). A equipe formou com Marco Aurélio Maia, Luiz Carlos Rodrigues da Silva, Marco de Castro Coutinho, Alexandre José Beringuy e José Rodrigues Júnior. Em 1996, repetiu a conquista, tornando-se bicampeão do Interclubes (Classe B). A equipe de 1996 formou com Luiz Carlos Rodrigues da Silva, Marco de Castro Coutinho, Alexandre José Beringuy, Eduardo Alberto Anzuategui e José Rodrigues Júnior. Outra competição da FEXERJ realizada na sala de xadrez do JTC foi o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro (Classe B) de 1996, com arbitragem de Friedrich Salamon. O campeão foi Marcelo Einhorn (Hebraica) e o vice-campeão, Alexandre Beringuy (JTC). Em 1997, foi realizado no JTC o Campeonato do Rio de Janeiro (Classe A), também com arbitragem de Friedrich Salamon. Marcelo Einhorn (Hebraica) foi o campeão, o vice-campeão foi Selmo Bastos (Clube Municipal) e o terceiro colocado, Antônio Souza Lima (JTC). No ano de 2000, Carlos Alberto Monteiro foi campeão estadual de veteranos pelo Jacarepaguá Tênis Clube. Monteiro voltou a ser campeão de veterano em 2003, mas já era federado pelo Clube Municipal. O ano de 2008 foi a época das grandes obras na Seção de Xadrez do JTC, com o diretor da seção Waldemar Costa recebendo apoio total da administrção do Presidente Marcelo Cirola. As inagurações do varandão e do banheiro privativo da Seção de Xadrez foram os pontos altos das obras de 2008. Em 2009, Willy George do Amaral Petrenko conquistou o título do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro Classe C (prova oficial da FEXERJ) pelo Jacarepaguá Tênis Clube.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIA:
http://www.wsc.jor.br/xadrez/jtc/hist%F3rico.htm

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