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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

TEXTO 132 - O GIGANTÃO.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.heldercamara.com.br/parque.htm

CRÔNICA DO ENXADRISTA HÉLDER CÂMARA.


O GIGANTÃO
 

Luiz Gonzaga (Giga) em ação
          ...mas, voltando ao xadrez pensado, um jogador que tenha atravessado o cabo das Tormentas (enxadrísticas), isso após os 40 anos de idade, sofrerá um notável e natural decréscimo no rendimento do seu jogo, principalmente depois que a partida tiver ultrapassado um certo limite de tempo.          Esse fenômeno tão comum e inevitável é conhecido nos meios enxadrísticos como “síndrome da terceira hora”.

         O conhecido e estimado enxadrista Luiz Gonzaga Alves Filho, não obstante sua idade cinqüentenária, é um dos mais ferrenhos e assíduos participantes de todos os tipos de competição. Um dia, ele confessou-nos, a nós no Clube de Xadrez São Paulo, que, após a terceira  hora  de  jogo,  ele  sente, aliás, pressente a presença de alguém às suas costas, um gigantão nebuloso (seria o titã Adamastor, de barbas negras e dentes amarelos, cantado em versos por Camões?), que, sorrateiro e mefistofélico, voz cavernosa, lhe sussurra anestesicamente ao ouvido:

-- Joga caca, Gonzaga!

        
  E o seduzido Gonza, num estupor de marujo apaixonado e bêbado, vai lá e... pumba! comete uma capivarada dessas de clamar aos céus. É evidente que uma melhor tradução para isso seria fadiga, estresse – provocando um curto-circüito mental de proporções lamentáveis.

          Um caso típico é sua partida contra o GM-A russo V. Salov (simultânea no CXSP, 04.11.96), quando, tendo fisgado um peixe enorme (ficou completamente ganho), ele deixou o seu ouvido ao alcance do canto das sereias...

          Pior: do gigantão descomunal!


                                                                                       (da minha crônica “O Gigantão”, Diário Popular, 11.01.97)

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