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sábado, 13 de março de 2010

TEXTO 52 - OLIMPÍADA DE XADREZ E CBF.

OLIMPÍADAS DE XADREZ e CBX

Resposta Aberta à convocação



Tendo em vista a recente convocação aberta para a equipe olímpica brasileira, nós, que subscrevemos esta carta, entendemos que faz-se necessário a nossa manifestação pública sobre os motivos que nos levam a tomar uma triste decisão conjunta: NÃO participaremos da Olimpíada sob a égide da atual Administração da CBX, encabeçada pelo GM Darcy Gustavo Machado Vieira Lima.

Infelizmente, trata-se de um protesto formal contra os abusos do Presidente da CBX . Protestos semelhantes ocorreram recentemente nas Confederações de Tênis e Judô. Procuraremos dar alguns dos motivos, e oferecer uma solução para o impasse.

Primeiramente, queremos deixar claro que o GM Darcy Lima é um excelente jogador, e que como tal merece e tem nosso total respeito. Para nós, formar uma equipe com ele é motivo de alegria e motivação para lutarmos por uma boa performance, assim como ocorreu na Olimpíada de Istambul em 2000, quando estivemos entre os 15 primeiros durante todo o torneio, sofrendo um acidente de percurso nas duas últimas rodadas. Entretanto, como administrador ele é péssimo, chegando a ser nocivo em alguns casos. O Sr. Darcy deveria se preocupar apenas com o que ele sabe fazer: jogar bem.

Infelizmente, desde que assumiu a presidência de nossa entidade maior, Darcy Lima tem se aproveitado do cargo que exerce para alcançar objetivos pessoais, não raro publicando declarações de péssimo gosto no site oficial da Confederação, que, na verdade, transformou-se em uma página pessoal. Graças a ele a CBX vive hoje um caos administrativo, onde impera a desorganização, uma situação lamentável para todos os enxadristas praticantes, sejam profissionais ou amadores.

Em relação à inovação no cachê dos integrantes da equipe olímpica, isso nada mais se trata do que uma forma bastante primitiva de tentar iludir a comunidade enxadrística. É praxe em países representados por jogadores profissionais a oferta de cachês juntamente com prêmios especiais por mérito. Calculando o prêmio prometido no caso da melhor colocação possível da equipe, deduz-se que há um montante de U$ 18.000 (dezoito mil dólares) reservado para o cachê dos jogadores (ou 21 mil, pois nada mais justo que premiar o técnico também, como em outras modalidades). Supondo que de fato exista tal quantia, sua distribuição sugerida é inteiramente absurda, mas esta não é a pior aberração. A maior prova da farsa desta premiação por mérito é oferecer prêmios altíssimos para colocações jamais conquistadas por nossa equipe na história das Olimpíadas, enquanto atuações realistas são recompensadas de forma pífia. E, neste caso, o que seria feito com o restante do dinheiro destinado à premiação por mérito?

Também devemos destacar a total falta de critérios para a definição do 6º tabuleiro da equipe. Na verdade, não houve qualquer critério para a convocação, apenas o entendimento subjetivo do técnico, que por sua vez não tem participado de eventos enxadrísticos. Qualquer aficionado sabe que o Brasil tem seis grandes-mestres. Nada mais natural que convocá-los para uma equipe que requer este exato número de jogadores. A ausência do GM Jaime Sunye Neto, que já venceu Spassky, Timman, Hübner, todos os GMs brasileiros, entre outros, além de ter sido medalhista de ouro numa Olimpíada, só pode ser explicada por um critério de perseguição pessoal, bastante comum na atual administração da CBX.

Quanto às formalidades da convocação, há de se advertir que ela foi feita em cima da hora e enviada para a Federação Paulista de Xadrez, em mais um gesto que ilustra a desorganização e descaso da Confederação com os seus jogadores. A Federação Paulista não é mensageira da CBX, portanto seria muito mais correto enviar a convocação diretamente aos enxadristas escolhidos, como sempre foi feito. Curiosamente, o GM Mecking, também filiado pela FPX, não foi convocado da mesma forma.

Nossa proposta

Jogaremos a Olimpíada se o GM Darcy abrir mão da Presidência da CBX, antecipando as eleições e sem se candidatar ou participar ativamente.

E além disso, apesar de sermos profissionais, caso necessário abriríamos mão de qualquer remuneração, em prol do xadrez brasileiro.

Solicitamos a publicação desta carta em todos os sites interessados no xadrez brasileiro, inclusive o da própria CBX.

Barretos, 20 de setembro de 2004.

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Giovanni Vescovi. Gilberto Milos Jr. Rafael Leitão.



PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIA:
http://www.fexpar.esp.br/Leituras/cartaGMs/OLIMPIADAS.htm

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