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sábado, 14 de abril de 2012

TEXTO 107 - PARTE 11: TESE DE DOUTORADO EM XADREZ - RACIOCÍNIO LÓGICO E O JOGO DE XADREZ: EM BUSCA DE RELAÇÕES.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000767372&opt=4
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TESE DE DOUTORADO EM XADREZ - RACIOCÍNIO LÓGICO E O JOGO DE XADREZ: EM BUSCA DE RELAÇÕES.
AUTOR: WILSON SILVA.
ORIENTADOR: PROFº DRA. ROSELY PALERMO BRENELLI.
DATA: 23.02.2010.

2.2.4 De Groot e a Era Moderna das Pesquisas
Em 1946, o psicólogo e enxadrista holandês Adriaan De Groot realizou uma
pesquisa de doutorado que teve alto poder heurístico, inspirando muitas pesquisas
realizadas a partir da década de 60.
Em um experimento, os participantes deveriam olhar uma posição de partida e
verbalizar seus pensamentos, que eram devidamente gravados. Os resultados
mostraram que os grandes mestres encontravam um bom movimento durante os
primeiros poucos segundos de contemplação da posição.
Através da análise dos protocolos De Groot definiu quatro fases no
planejamento do enxadrista: a primeira é de orientação, a segunda é de exploração, a
terceira é de investigação, e a quarta é a prova12.
Uma das idéias centrais do estudo foi bastante simples: uma posição de partida
jogada por mestres, mas desconhecida dos entrevistados, foi mostrada para classes
diferentes de jogadores por um curto espaço de tempo (variando de 2 a 10 segundos).
A posição era então removida e os entrevistados deveriam reproduzi-la noutro
tabuleiro. O número de peças colocadas corretamente determinaria o desempenho da
memória.
To create the conditions necessary for studying these thought processes a
number of positions from actual games were selected and presented to a group
of subjects, consisting of grandmasters, masters, experts and less skilled class
players. They were not familiar with the positions presented. (p. 15). To this end,
Nico Cortlever, upon the author‟s instructions, kindly made up a series of 16
diverse positions, picked more or less randomly from relatively obscure actual
master games. Each position had a prescribed exposure time, varying from two
to ten seconds and in one case as high as fifteen. For the weaker subjects the
shortest exposure times were prolonged somewhat, up to three to four seconds,
in order to avoid zero achievements. (DE GROOT, 1946, p. 322-323).
Os resultados foram expressivos: os grandes mestres lembraram a posição
perfeitamente depois de uma exposição de 2 a 5 segundos (com 93% das peças
corretas), enquanto que o mais fraco entrevistado, equivalendo a um jogador de classe C, raramente passou de 50% de acerto.
Nas figuras a seguir pode-se ver a reconstrução de uma posição por um
Grande Mestre (figura 2), um Mestre Internacional (figura 3), um expert (figura 4) e um
jogador de classe C (figura 5).

Estas fases serão abordadas mais detalhadamente na seção 3.5.2.



No protocolo pode-se ver que o Grande Mestre (figura 2) não cometeu nenhum
erro, colocando as 22 peças corretamente. O Mestre (figura 3) somou 21 pontos, pois
acrescentou um peão inexistente em c2. O expert (figura 4) somou 16 pontos, pois
errou a posição das seguintes peças: torre de b8, peões de b6, g7, f3 sendo que o peão
original de e5 foi trocado por um bispo em e4. Note que o bispo de f8 foi omitido. O
jogador de classe C (figura 5) cometeu muitos erros, acertando somente umas poucas
peças.
Este estudo lançou os primeiros indícios de que a memória dos enxadristas,
para assuntos enxadrísticos, organiza-se de forma diferente nos jogadores fortes e
fracos. Esta pesquisa foi posteriormente retomada por Herbert Simon como será visto
mais adiante.
A pesquisa de De Groot, além de fornecer pistas importantes sobre o
funcionamento da memória para assuntos específicos, forneceu também dados para explicar os fatores do talento no xadrez. Os fatores que explicam o talento no xadrez,
segundo De Groot, podem ser vistos no quadro a seguir.

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