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sábado, 14 de abril de 2012

TEXTO 115 - PARTE 19: TESE DE DOUTORADO EM XADREZ - RACIOCÍNIO LÓGICO E O JOGO DE XADREZ: EM BUSCA DE RELAÇÕES.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000767372&opt=4
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TESE DE DOUTORADO EM XADREZ - RACIOCÍNIO LÓGICO E O JOGO DE XADREZ: EM BUSCA DE RELAÇÕES.
AUTOR: WILSON SILVA.
ORIENTADOR: PROFº DRA. ROSELY PALERMO BRENELLI.
DATA: 23.02.2010.

Perkins (2002, p. 88-89) afirma que o conceito de espaço de possibilidades é
bastante útil na solução de problemas, e suas principais características são: o espaço
do estado, ou espaço de possibilidades: no xadrez, o espaço do estado consiste em
todas as configurações legais das peças no tabuleiro, sejam elas boas ou não.
Operadores, ou ações que mudam de um estado para outro: no xadrez, são os
movimentos oficiais, cada um dos quais transforma uma posição do xadrez em outra.
Estados iniciais: no xadrez é a posição inicial padrão. Estados de solução, ou critério
que determina a solução: no xadrez, esse critério é o xeque-mate. “Um movimento
escolhido no meio do jogo, embora resolva o problema do „que fazer agora‟, é apenas
uma solução temporária a ser pesada por seu valor em trazer o jogador cada vez mais
próximo do xeque-mate ao opositor.” (PERKINS, 2002, p. 89).
Medida de promessa, ou indicador de quão perto a presente situação está de
uma solução: no xadrez, o indicador da promessa seria a vantagem global de uma
posição no tabuleiro de um jogador contra outro.
Segundo Miller, Galanter e Pribran (1960, p. 16), um plano é um processo
hierárquico no organismo que pode controlar a ordem na qual a seqüência de
operações é realizada. Para esses autores a planificação é descrita como uma série de
unidades TOTE (Test-Operate-Test-Exit), conforme pode ser visto na figura a seguir.


Para exemplificar, os autores propõem o plano de duas fases para martelar um
prego: levantar o martelo e martelar o prego. A fase testar envolve a “regra parar”, pois
se continua martelando até que a cabeça do prego está rente com a superfície da
madeira. O processo pode ser visto na figura a seguir.

Assim, o plano para esses autores é entendido como uma hierarquia de
operações com feedback. Mayer (1977, p. 134) destaca que, escrito como um programa
de computador, as etapas desse plano deveriam ter a forma de uma lista para ser lida de cima para baixo, conforme a seqüência a seguir: 1) Testar o prego. Se a cabeça
estiver levantada, vá para 2; de outro modo pare. 2) Teste o martelo. Se abaixado,
levante; de outro modo vá para 3. 3) Martelar o prego. 4) Vá para 1.
Scholnick e Friedman (1987, p. 3) definem planejamento como um conjunto de complexas atividades conceituais que antecipam e regulam o comportamento.

Planejamento depende da representação do ambiente, antecipação de soluções para problemas, e o monitoramento de estratégias para ver se elas vão de encontro ao problema e seguem o plano. Para esses autores, o plano não é uma ação, mas sim uma entidade, como um mapa. Como pré-requisitos para a planificação, estes autores assinalam a disponibilidade de uma representação mental da estrutura espacial e causal de eventos particulares.

Hayes (1989, p. 60) destaca que planejamento consiste de três passos:

1) Representação da tarefa real em um ambiente de planejamento, ou seja, no papel ou
na imaginação do planejador.

2) Exploração do ambiente de planejamento para
encontrar um caminho para resolver o problema. Esta exploração pode envolver ação
imaginativa, como quando pensamos sobre o que dizer em uma aula quando estamos no chuveiro, ou pode envolver ações físicas como desenhar esquemas do arranjo de
uma sala antes de mover os móveis. 3) Selecionar um caminho para a solução. O caminho selecionado no ambiente de planejamento é chamado de plano.

De Lisi (1987, p. 83-86), afirma que o termo plano tem duas conotações principais: a primeira enfatiza aspectos representacionais de um plano e que podem ser
comunicados de uma pessoa para outra; a segunda destaca aspectos funcionais e comportamentais de um plano, que é organização e controle do comportamento. O
autor afirma que em um plano há três fases: a) o reconhecimento da necessidade de um plano; b) a formação de um plano; e c) a execução ou implementação do plano.
De Lisi (1987, p. 86-105), apresenta uma taxonomia de planos (ver tabela a seguir) com quatro tipos principais de planos: 1. Plano em ação; 2) Plano de ação; 3) Plano como uma representação estratégica, e por fim; 4) Plano como um fim em si mesmo. O autor destaca que jogar xadrez envolve o plano de tipo 3: Strategic behaviors such as those required to solve problems arising in games like chess or contract bridge are instances of type 3 plans. Except for novices
who are unfamiliar with the rules and purpose of game, chess, for example, is played by deliberately anticipating and mentally evoking a series of projected moves by each side in turn. The various sequences are compared and evaluated in order to determine the best next move. An actual move is made only after such a mental procedure is conducted. If the opponent makes one of several anticipated responses, the plan may be continued. If the opponent
makes an unexpected response, further planning may ensue before a second actual move is made. Limitations on the generation and monitoring phases of chess planning, that is, a never ending hierarchy of preconceived possible moves, come not only from the limitations of human memory, but also from the rules of the game itself. (DE LISI, 1987, p. 101-102).


A taxonomia de planos (veja o quadro da página seguinte) foi construída com a
suposição que um plano é um tipo de “entidade” subjacente que serve para organizar e
dirigir o comportamento para atingir um fim. No plano de tipo 1, a entidade é puramente
funcional, como o sujeito buscando um fim sem uma representação deliberada ou uma
pré-concepção dos meios. No plano de tipo 2, o sujeito representa previamente meios
para atingir o objetivo. Esses planos não são completamente estratégicos no sentido
que eles não são avaliados e comparados com outros possíveis cursos de ação, mas
em vez disso são executados mais ou menos diretamente.
O plano de tipo 3 é mais estratégico e o sujeito está plenamente consciente da
necessidade de um plano, para gerar e avaliar os vários cursos da ação, e da
importância de monitorar a formação e a execução. O nível final de planejamento, tipo
4, abrange todas as outras instâncias e formação do plano é um objetivo em si mesmo.
(DE LISI, 1987, p. 105-106).

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